Era claro que "Brzil" era ele. Cumprimentou Johan abraçando-o, e apertou as mãos dos seus colegas, que se aproximaram, querendo saber se ele jogava mesmo futebol. Pegou a laranja que trazia no bolso da jaqueta e começou a fazer as embaixadas, para ele, costumeiras: Variava a força dada na esfera fazendo-a ora ir baixinho, ora alta, até mesmo cabeceando-a, para depois conseguir que ela parasse nas costas e escorregasse devagar até o calcanhar; para, então, trazê-la para a frente, vindo a morrer no peito do pé direito .
Johan, de olhos arregalados, reagiu prontamente aos amigos ... "se ele faz isso com uma laranja ... com uma bola oficial ele deve arrasar ! "
Firmado estava o sofisma proposto pelo brasileiro: que Johan partisse de sua premissa verdadeira ( por ser Brzil um bom malabarista de laranjas ) chegasse a uma conclusão falsa; que ele fosse também um dos bons com bolas de futebol oficiais .
Mas o que de melhor poderia acontecer naquele dia ... aconteceu . Ele ganhara um nome em sueco : Brzil !
Ao chegar ao hotel , Brzil lembrou que sua técnica de malabarismos com laranjas já não era a mesma e decidiu que tinha que voltar praticar os antigos passos para desenferrujar as articulações , oxidadas por tantos anos de inatividade circense .
Jogou a laranja para uma altura suficiente e, com o pé direito, fez com que ela desse uma volta em seu eixo; mesmo que fazer aquilo tenha sido -um dia- algo banal; agora a laranja teimava em bater no lado errado do pé , caindo no chão .
Ensaiou por mais um bom tempo; o suficiente para perder a noção e quanto tempo ficou naquilo .
Maravilhosamente, a habilidade foi voltando. Mesmo assim, aquele passe em que a bola chegava às costas, abaixo do pescoço para mansamente ali ficar este ele não conseguia concluir com perfeição. Como dizia, não estava "limpo". Só ficaria "limpo" quando, depois de paralisada, a laranja, obedecendo a um golpe dado com as costas, pulasse para a frente para cair em cima do pé direito, quando então o show recomeçaria .
Treinou, treinou até ficar exausto. Até que no final conseguiu o movimento todo, tão limpo quanto era possível ser depois de três décadas sem fazê-lo. Morto de cansaço, atirou-se na cama e dormiu por muitas horas.
Ao chegar ao hotel , Brzil lembrou que sua técnica de malabarismos com laranjas já não era a mesma e decidiu que tinha que voltar praticar os antigos passos para desenferrujar as articulações , oxidadas por tantos anos de inatividade circense .
Jogou a laranja para uma altura suficiente e, com o pé direito, fez com que ela desse uma volta em seu eixo; mesmo que fazer aquilo tenha sido -um dia- algo banal; agora a laranja teimava em bater no lado errado do pé , caindo no chão .
Ensaiou por mais um bom tempo; o suficiente para perder a noção e quanto tempo ficou naquilo .
Maravilhosamente, a habilidade foi voltando. Mesmo assim, aquele passe em que a bola chegava às costas, abaixo do pescoço para mansamente ali ficar este ele não conseguia concluir com perfeição. Como dizia, não estava "limpo". Só ficaria "limpo" quando, depois de paralisada, a laranja, obedecendo a um golpe dado com as costas, pulasse para a frente para cair em cima do pé direito, quando então o show recomeçaria .
Treinou, treinou até ficar exausto. Até que no final conseguiu o movimento todo, tão limpo quanto era possível ser depois de três décadas sem fazê-lo. Morto de cansaço, atirou-se na cama e dormiu por muitas horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário