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domingo, 31 de março de 2013

Julieitinha e o oficial do vapor - 50

O  Primeiro  Oficial  chamou , tão discretamente quanto pode ,  uma  funcionária  ,  e perguntou-lhe   :  "Quem é aquela moça que está lá  no convés com o violão  ? "  .

  "É a  esposa de  um  brasileiro  muito rico . Estão  numa cabine master , e ele passa as noites jogando bacarat no cassino "  .  Ela me parece cada dia mais triste . Dizem que  o marido  não passa de um novo-rico brasileiro . E o senhor sabe como são os novos-ricos ;  mas  ela  seria  uma pessoa muito sensível , terna mesmo ;  que , por isto , estaria  em conflito  com  as maneiras que seu marido adotou depois que a fortuna lhe sorriu .  Mas ela , cada dia é mais triste ... .  Seu nome é Julieta , mais precisamente Julietinha - assim mesmo ,  no grau diminutivo . "

Foi o bastante para o Oficial  imediatamente entristecer-se .  A sua musa platônica definhando moralmente e ele sem  poder ajudar em nada .   Só que começou , com o passar do tempo , a sufocar-se   com aquela situação .  Tão perto de seu  amor  platônico  e não poder sequer dirigir-lhe a palavra . O certo é que , tão discretamente quanto podia , o binóculo , que deveria mirar possíveis obstáculos  , perigos  a que  às naves  estão sujeitas , cada vez mais desviavam-se para os mais diversos locais do navio : onde Julietinha  estivesse , ainda que por poucos momentos .  Um átimo de tempo já era suficiente para que o marujo soubesse algo ,   ou  pelo menos mirasse a paixão que vivia  tamponada em sua alma .
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