Prezados !
Mal eu tinha chegado de Bongo vi , na internet , uma oferta para um final de semana em Tuvalú .
Não vacilei ... embarquei para o arquipélago distante deste insensato mundo braziliense . Ou melhor ... brasileiro .
Aluguei uma bicicleta e fui até uma praia longínqua . Deitado na areia , tomando sol como um lagarto ouvi um cantarolar distante ... "eu prefiro ser ... uma metamorfose ambulante ... eu prefiro ser uma metamorfose ambulante ...."
Logo identifiquei ... era o camaleão petista . Pé ante pé , segui o som da cantoria que dava numa pedra tisnada de sol . Por mais que procurasse , de pronto não encontrei nada além da pedra.
Mas como ... uma pedra cantando ?
De repente ... de repenpente , como diria Moreira da Silva , a pedra se mexeu ... era um rabinho . O rabinho do camaleão petista . Tudo porque o restante do corpo do camaleão transformara-se propriamente em pedra : o camaleão , apesar de cantar que se achava uma metamorfose ambulante era mesmo um mimetismo estático .
Não hesitei , mesmo não o enxergando , sabia que ele estava mirando para mim .
" Camaleão , se estás a enxergar-me dá algum sinal de vida . Nem o teu rabo que eu há pouco via , agora já não vejo mais ... sim , eu juro que desta vez não vou te contrariar . É que tenho algo de muito sério para te falar , Camaleão . "
Nesse momento eu olhava a pedra de duas formas . Numa no intuito de ver o todo , certo de que se algo nela se mexesse eu divisaria o Camaleão petista . Mas nada . Sendo assim , certo que ele estava não só me ouvindo , mas também me vendo , passei a falar .
" Camaleão , você não percebe que estamos entrando num beco sem saída ? Você não percebe que a casa caiu , Camaleão ... Será que vocês não enxergam que ninguém mais vai botar um centavo em Tuvalu com o teu PT no mando do país ?
Camaleão , não adianta querer tapar o sol com a peneira , os pecados cometidos por vocês são imperdoáveis . Se vivessem num lugar menos complacente do que Tuvalu todos , inclusive você já estariam em cana , vendo o sol nascer quadrado . O pior é que ela , a mãe do puc , pensa que só porque não levou grana alguma ; que, por isto ela também não prevaricou , não se corrompeu . "
Foi quando ouvi algo como um pum . Uma flatulência .
Logo depois ouvi a voz do Camaleão petista : " Isso é a minha resposta , a lição de quem , sem pergaminho algum , chegou à Presidência de Tuvalu ."
Neste momento vi que o Camaleão corria para a floresta , não sem cantarolar mais fortemente do que nunca : " Eu prefiro ser , uma metamorfose ambulante ... eu prefiro ser ... "
quinta-feira, 31 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
O primo Delcídio vai falar !
Prezados !
Desde a nossa infância , em Belém do Pará , eu e Delcídio éramos como unha e carne . Juntos pegamos muitas mangas caídas das árvores centenárias que ornam a bela capital do Pará ; algumas mangas até caíam nas valas das rua de Belém . Limpávamos as frutas na camisa e as saboreávamos ali mesmo .
Tudo bem que tínhamos nossas diferenças ; ele torcia para o Remo , eu para o Paysandú. Eu preferia Coca , Delcídio Pepsi . Para mim , nada suplantava o sabor do Tacacá , bem goma e jambú. Já Delcídio sempre estava com uma cuia de açaí na mão .
E assim íamos ... eu preferia biribá , Delcídio roía uma pupunha até os espinhos .
Praia , eu preferia Mosqueiro ; Delcídio ia para Salinas .
Delcídio é poucos anos mais novo do que eu ; que sempre achei que ele ia longe . Como de fato foi .
Estudávamos num colégio da Almirante Barroso , ele frequentava a piscina da Assembléia . Eu ia para os muitos igapós no entorno da cidade .
O Círio , eu acompanhava de longe , mas sempre contrito ... Delcídio não deixava por menos , fazia questão de ir na corda .
Meu tio - pai de Delcídio - votava no Coronel Alacid ( quem sabe , daí o prenome do Primo Delcídio ... Del Alacid ... quem sabe ... ? ) . Já meu Pai - primo do de Delcídio , votava no Coronel Jarbas .
Delcídio pedia pato com o sumo da maniva . Eu , manissoba .
Enquanto ele comia tucunaré no leite de coco ... eu .... casquinha de tracajá .
Lembro que quando tocava o Hino Nacional , criança , Delcidio já botava a mão no lado esquerdo do peito e , não poucas vezes , lágrimas de emoção rolavam em suas faces .
Quanto à nossa vida de católicos ... nós dois quando meninos fomos coroinhas na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré - na Getúlio Vargas . " Dominus vobiscus ... et com epsiritu tuum ... "
Já adulto , Delcídio emigrou para o Mato Grosso , onde fez portentosa carreira política.
Lembro que na última vez que nos encontramos , na minha casa de Icoaracy , botei para tocar o disco de Caymi : " Tomei um Ita no norte , e vim pro Rio morá , adeus meu pai minha mãe ... adeus Belém do Pará . " Foi quando , mais uma vez , vi o primo Delcídio chorar.
Agora , no Ano da Graça de 2016 Delcídio - em memorável delação premiada - não vai me surpreender : seu coração - antes de tudo - pulsará brasileiro . Mais que isto : Paraense !
Seu patriotismo há de ser maior do que os laços que a máfia transou para o Primo .
Corruptos , tremei !!! ... chegou a hora de um Amaral falar !
Fala primo Delcídio !!
Desde a nossa infância , em Belém do Pará , eu e Delcídio éramos como unha e carne . Juntos pegamos muitas mangas caídas das árvores centenárias que ornam a bela capital do Pará ; algumas mangas até caíam nas valas das rua de Belém . Limpávamos as frutas na camisa e as saboreávamos ali mesmo .
Tudo bem que tínhamos nossas diferenças ; ele torcia para o Remo , eu para o Paysandú. Eu preferia Coca , Delcídio Pepsi . Para mim , nada suplantava o sabor do Tacacá , bem goma e jambú. Já Delcídio sempre estava com uma cuia de açaí na mão .
E assim íamos ... eu preferia biribá , Delcídio roía uma pupunha até os espinhos .
Praia , eu preferia Mosqueiro ; Delcídio ia para Salinas .
Delcídio é poucos anos mais novo do que eu ; que sempre achei que ele ia longe . Como de fato foi .
Estudávamos num colégio da Almirante Barroso , ele frequentava a piscina da Assembléia . Eu ia para os muitos igapós no entorno da cidade .
O Círio , eu acompanhava de longe , mas sempre contrito ... Delcídio não deixava por menos , fazia questão de ir na corda .
Meu tio - pai de Delcídio - votava no Coronel Alacid ( quem sabe , daí o prenome do Primo Delcídio ... Del Alacid ... quem sabe ... ? ) . Já meu Pai - primo do de Delcídio , votava no Coronel Jarbas .
Delcídio pedia pato com o sumo da maniva . Eu , manissoba .
Enquanto ele comia tucunaré no leite de coco ... eu .... casquinha de tracajá .
Lembro que quando tocava o Hino Nacional , criança , Delcidio já botava a mão no lado esquerdo do peito e , não poucas vezes , lágrimas de emoção rolavam em suas faces .
Quanto à nossa vida de católicos ... nós dois quando meninos fomos coroinhas na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré - na Getúlio Vargas . " Dominus vobiscus ... et com epsiritu tuum ... "
Já adulto , Delcídio emigrou para o Mato Grosso , onde fez portentosa carreira política.
Lembro que na última vez que nos encontramos , na minha casa de Icoaracy , botei para tocar o disco de Caymi : " Tomei um Ita no norte , e vim pro Rio morá , adeus meu pai minha mãe ... adeus Belém do Pará . " Foi quando , mais uma vez , vi o primo Delcídio chorar.
Agora , no Ano da Graça de 2016 Delcídio - em memorável delação premiada - não vai me surpreender : seu coração - antes de tudo - pulsará brasileiro . Mais que isto : Paraense !
Seu patriotismo há de ser maior do que os laços que a máfia transou para o Primo .
Corruptos , tremei !!! ... chegou a hora de um Amaral falar !
Fala primo Delcídio !!
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