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sábado, 31 de maio de 2014

O premio - 17

Não tinha esquecido de que Silvia, na última vez em que se encontraram, dissera que - quando quisesse - poderia chamar, até para o seu telefone móvel.

Estava deitado, mas levantou-se para falar com sua amiga .

" É a Silvia ? "

" Sim , sou eu ,  e você como está ? "

"Acho que estou bem quanto ao meu plano maior .  Só que  as coisas não é fácil sobreviver economicamente aqui na Suécia. Mas por isso eu já esperava . O pior é que ontem fui procurado por um agente da imigração que me fez muitas perguntas. Pediu que eu mostrasse a passagem de volta e torceu o nariz quando viu que a validade era de um ano, como se desaprovasse qualquer ampliação do tempo  de minha estada por aqui. Disse-me, e Johan  - aquele rapaz que ficou meu  amigo -  já havia me falado, que tem comentários rodando por aí de que eu seria um aventureiro, ainda que eu não saiba que exista algo de errado em alguém ser um aventureiroTive que mostrar o passaporte, para que conferisse o tempo de permanência do meu visto. Ao final, convocou-me para ir amanhã ao escritório da Imigração . 

" E o que você respondeu ? "

"Disse que ainda estava num período de permanência comum a todos os turistas. Que estava registrando em fotografias a visita que fazia à Suécia ...  e que, talvez, precisasse de mais tempo para fotografar as paisagens do norte, que por isso seria bem-vinda  uma ampliação do visto ... Ele descontraiu  a cara e  respondeu-me que nada tinha contra meu período de permanência para conhecimento turístico do país. Mas que, se eu quisesse trabalhar aqui teria que casar-me com uma sueca ... "

Foi quando Brzil não se conteve e ensaiou uma gargalhada, rapidamente estancada. Mas Silvia ficou em silêncio ; mas , para logo depois perguntar :

" Você pretende casar-se por aqui ? "

"Casar eu pretendi um dia ... mas faz tanto tempo que já esqueci  que isto foi importante para mim ... agora dedico-me a  outro sonho ..  que  os suecos  concedam um - pelo menos um - premio ao Brasil ... .  Me bastaria arranjar uma namorada " .
Disse sorrindo .

"Acho melhor mudarmos de assunto. Há algo que eu possa fazer  em seu favor ?

" Não , você sabe do meu propósito de manter-me aqui unicamente pelos meus próprios meios . "

" Você conversou com o Dr. Björn  B  ? "

" Conversei, e acho que tive sucesso na aproximação. No começo  me repeliu, mas agora eu creio que ele até me considera bem ; respeita o meu plano, embora não concorde com ele ...  Na verdade, tudo ficou mais fácil depois que me salvou a vida ..."

" Salvou-lhe a vida ? "

"É que desmaiei de frio na rua e , por acaso, Björn passou de carro e me levou para o hospital ... quase congelado . "

 " Eu já temia por isto ... aqui o frio é muito intenso, e vocês, latinos,  sequer têm agasalhos apropriados  ... "

"Fique tranquila, Björn trouxe-me roupas quentes ...  e  não vou mais facilitar com o frio sueco  . "

"É claro que estou preocupada com você, mais ainda porque foi eu quem o incentivou para vir à Suécia ... "

"Tudo o que pode fazer por mim você está fazendo  agora ,   ficando ao meu lado nos momentos de solidão. Todos precisamos de alguém para poder desabafar . "

" Bom, eu tenho meus afazeres ... mas quero  acompanhar o andamento do seu plano, digno que é de um Don Quixote de La Mancha brasileiro ."

Ainda sorrindo perguntou :

" E o idioma ,  como você está fazendo para comunicar-se  ? "

"Tenho os smarts translaters. Presto informações quase que diariamente ao fabricante dos aparelhos. Eles mantém comigo uma conta corrente, creditando-me algo pelas críticas do que passo quase que diariamente para a China. Mas estudo Sueco, com cd´s  e nos livros. E tenho um amigo, o próprio Johan Svensson do qual já lhe falei, que me dá aulas   ...  "

" Que bom saber de  seu progresso  no aprendizado do idioma . "

"Vou desligar, agradeço pelas suas palavras de incentivo. E também por ter me ouvido. Uma última pergunta: quando eu poderei vê-la  ? "

"É complicado para mim. Mas amanhã vou dar um passeio de carro. "

" Espero que seja um belo passeio . "

" Vai ser como tem sido os demais . Boa noite . "

Boa noite , e durma bem . "

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O premio - 16

" Johan, chegou a hora de falar um pouco mais de  mim ... "

"... o que eu sei  é que estás devendo o hotel  ... e  que o senhor  Lennart vai pedir a tua saída do Central. "

" ... tudo gira em torno do meu plano. Foi por isto que vim para  a  Suécia. Enquanto ... "

Neste momento Johan o interrompeu :

" ...  andam dizendo que és um aventureiro. E o pessoal daqui não gosta de aventureiros ... "

"O fato de alguém poder ser um aventureiro depende dos olhos de quem o está enxergando. Aos meus olhos eu estou fazendo algo importante ... e também pesa o fato de que só aos jovens seja dada a chance de se aventurar ...   o que é um obstáculo a mais ... "

"Mesmo não sabendo a tua idade digo que és um jovem. Sim; muito jovem ... "

"Se alguma juventude eu tenho ela está como o calor nos vulcões. No meu interior, na forma leve de eu me relacionar com as pessoas ... "

"... eu nunca vi alguém fazer com a bola o que você faz ... e só os moços conservam alegria para brincar, como você brinca com a bola ..."

"Pois saiba que nisto estou blefando contigo ... nada sei fazer com uma bola de futebol de verdade ...  eu sou bom é com as laranjas, com pequenas esferas de pano, até com um abacate eu posso fazer um espetáculo. Mas de futebol mesmo eu só entendo da teoria, das estratégias de um time atuar em campo; o que cada um dos atletas deve fazer em campo para ampliarmos as chances de vitória ... nisso eu sempre acerto  ..."

"Compreendi ... é por isso que você sempre dava uma desculpa quando pedíamos para mostrar no campo o teu talento com a  bola de futebol, não é  ? "

"Pois é, isto de vir por um período incerto, e com visto de turista, nunca me agradou. Confesso que até pensei em ir à embaixada da Suécia pedir uma permanência, porém dizendo-lhes a verdade:  "Vou investigar a Academia de Ciências da Suécia ... 
Mas concluí que eles não entenderiam alguém ir à Suécia para investigar sua Academia de Ciências; uma instituição sagrada para este país. Foi por isto que resolvi vir para este país com visto de turista; amigo !  Mas - como sempre-  os atalhos  costumam dar num beco sem saída: o jeitinho que dei resultou nisto: tenho que ficar aqui por mais tempo, não tenho dinheiro, e  não posso trabalhar na Suécia.

Tudo porque, se eu dissesse desde o início - vou para investigar a Academia de Ciências -   não teria conseguido visto algum . 

Mesmo sendo tão complicado viver-se na ilegalidade, devo ser  sincero: eu sabia  que isto poderia acontecer. Mesmo assim, confesso-lhe que é muito difícil conviver com o medo de ser deportado a qualquer momento; mas, o pior é saber que posso ser obrigado a voltar para o Brasil assim; sem ter descoberto algo do que vim investigar . "

E continuou: "Isto tudo também ocasionou que eu tenha que sobreviver por aqui com pouquíssimo dinheiro. Estar com visto de turista me impede de procurar um trabalho .

"Eu já tinha percebido algo de estranho em você; mesmo assim, o nosso convívio foi o bastante para eu saber que és um cara legal; e se eu puder fazer algo  ... "

"Pode sim! Me ajudando a encontrar um trabalho. Mais do que nunca, eu preciso ganhar dinheiro para me manter. Sei que tenho um bom tempo pela frente  aqui na Suécia.  Quem sabe posso  cuidar de jardins ... "

" Você tem alguma formação em  jardinagem  ? "

"Como formação ?  E para ser jardineiro precisa-se de alguma formação ?  Basta ter disposição para arrancar ervas daninhas do gramado, podar as árvores ...  aguar as plantas,  botar adubo regularmente  "

"Longe disto ... todos têm que ser graduados nas profissões em que pretendam trabalhar ... graduados e sindicalizados ... ; pensando bem, talvez haja uma chance de que venha a atuar como técnico de futebol ... talvez eles abram uma exceção, quando perceberem a tua habilidade com as laranjas, com as bolinhas ... isto pode levá-los a concluir que, sendo brasileiro, você tem mesmo conhecimento futebolístico para ser um técnico de, digamos, futebol amador. Do meu time por exemplo ! "

"Taí, assim como eu fui sincero ao dizer que nada jogava de futebol, juro para você que me acho apto a ser técnico de futebol  amador aqui na Suécia . "

Dito isto, levantou o copo de cerveja para brindar com o amigo a profissão que ali nascia  .

Mas Svensson foi mais longe. Saudou-o já na condição de técnico de futebol, desejando-lhe sucesso , no que foi censurado por Brzil .

"Johan ... acho que  estamos nos precipitando ... como podemos brindar por algo que não aconteceu ...  mesmo porque  não temos  ainda um clube  à vista para  bater  na  porta  pedindo o meu  emprego de técnico de futebol ... "

" Mas se você ainda não tem  um clube de futebol interessado no seu novo ofício, já tem um empresário ... desde que concorde que o seu agente seja eu, Johan  ! "

"... Fechado! Nomeio agora como meu Agente e Empresário Futebolístico, para todos fins de direito, Johan Svensson !! De tudo o que eu vier a ganhar você terá sagradamente os seus dez por cento !! "

"Antes, muito antes de pensar em qualquer comissão eu tenho que conseguir para você um cargo de técnico de futebol ! Prepare as laranjas,  Brzil !! . "









O premio - 15

De madrugada, no Hotel Central, buscava pratos com sobras de comida deixados às portas dos apartamentos vizinhos.

Também não era raro que entrasse na fila da sopa dos carentes, distribuída no final do dia por entidades beneficentes, quase sempre nos locais onde ficavam os home-less, os drogados de heroína .

Fazia-o com dor na alma. Ele, que sempre fora de todo independente, agora na fila da sopa. Se bem que, não raro, ela era uma delícia. Fumegante,  bem temperada, e  acompanhada de um pedaço de pão novinho .

" Deus queira que quando voltar para o Brasil não venha a sentir saudades desta sopinha quente". Quanto ao local onde a sopa era servida, ele era junto do ponto onde ficavam os drogados. Mas, quanto ao lugar exato onde o pessoal do serviço de caridade punha o caldeirão de sopa; este ponto Brzil chamava de "o meu espaço gourmet na Suécia". O bom era que ninguém perguntava-lhe coisa alguma sobre a sua pessoa. Ao contrário do Hara Krishna que enfrentava em Sydney, onde só serviam o almoço grátis depois de mais de uma hora de hare Krishna, hare - hare, hare Krishna - Krishna hare. Ou seja: a comida grátis quando muito repunha as calorias gasta no pula - pula. Mas pelo menos dava para matar a fome sem ter que pagar nada.

"Bom, não dá mais para esperar. Ainda bem que hoje vou estar com o Svensson ...   eu não queria entrar nestas particularidades de dinheiro - ou melhor, da falta dele - . Mas não dá mais para adiar. Vou ter que lhe pedir que me consiga um trabalho; algo para ganhar dinheiro. Talvez lavar pratos, ou até mesmo banheiros. Só o que não queria era limpar cinzeiros nos lobbys dos hotéis. Isto por dinheiro algum ele poderia aceitar. Mas o trabalho que ele realmente preferia era algo ligado aos esportes.  "Ainda bem que Johan já se preocupa comigo; isso dá coragem de confessar-lhe que estou sem dinheiro algum, e que preciso mesmo de trabalhar. "

terça-feira, 27 de maio de 2014

O premio - 14

Björn B trouxe-lhe roupas que  - ainda que já usadas - ele só tinha visto em filmes com neves eternas . Se é que ainda existiam neves verdadeiramente eternas em algum lugar da Terra . Um casaco vermelho e preto muito pesado,  blusas, meias e ceroulas; tudo de lã bem espessa, ou pelo menos disto forradas; e um par de botinas impermeáveis, também revestidas de lã .

"Dr. Björn B ... , neste tempo de hospital andei refletindo sobre sua desqualificação da réplica da Taça Jules Rimet. Mas, ainda que você diga que falta originalidade à Taça Jules Rimet - a que permanece no Rio de Janeiro - ; mesmo assim, eu diria que ela não é exatamente uma cover. Tudo porque informei-me sobre o que aconteceu logo depois do troféu ser roubado; e soube que o pessoal da Kodak foi ao atelier do escultor Abel Lafleur e - ainda que ele tenha morrido em 1953 - mesmo assim, sua  família mantinha o seu ateliê intocado; e, por um feliz acaso, Lafleur tinha guardado o molde de gesso da sua "Coupe du Monde", inspirada que era na deusa grega Nike, a do triunfo; mas que teve como modelo vivo a sua respeitável tia Ingrid. É claro que, desde que a segunda peça metálica tenha sido fundida no mesmo molde, ela não pode ser tida como "cover"; tudo porque a originalidade reside no  molde de gesso, e não no ouro que foi entornado nele. Daí ser o metal mera consequência daquilo que primariamente o artista - ele mesmo - esculpiu no gesso. Assim, posso garantir ao senhor que a atual Taça Jules Rimet não é propriamente uma cópia, muito menos uma cover; eis que de um só molde pode-se criar diversas obras, sendo todas elas originais" .

Na verdade, a origem daquela informação fora um contato telefônico que Brzil fizera a tempos com a Kodak do Brasil, tendo ela convencido Ildefonso. E, convenhamos, nada indicava que a história de alguém ter resgatado o molde original não pudesse ser mesmo verdade. Além disso, fora o próprio Björn B quem dissera-lhe com todas as letras que a originalidade de uma obra de arte não está no quanto de tinta fora depositada pela própria mão do primeiro artista na obra prima; mas sim - e tão somente - na  presunção de que tudo o que ali está fora mesmo gerado por ele.

"Brzil, comove-me a obstinação com que você se atira na busca do seu sonho. E, além disto, como eu te falei, pouco a pouco estas lembranças da Tia Ingrid B vão se apagando do meu pensamento .   Brzil, sabe que você - neste momento - acabou de me convencer..."

Foi quando Ildefonso percebeu claramente que Björn dera uma   piscadinha, mas só com o olho esquerdo.  

"... Brzil, digo que , de uma vez por todas, aceito que a Taça Jules Rimet guardada no Rio de Janeiro é sim um novo original; ou melhor, um outro original da escultura de Abel Lafleur que retrata a Tia Ingrid ! "

sexta-feira, 23 de maio de 2014

O premio - 13

Björn B levou-o para o hospital, permanecendo por perto até que  melhorasse bem . "   

"Como você está Brzil; e a taquicardia passou ? " Perguntou Björn .

"Sim, já está tudo bem. Agradeço muito pelo que o senhor fez por mim. Vou ser grato a você para sempre. O que aconteceu foi porque eu desconhecia as consequências de temperaturas tão baixas. Espero não trazer-lhe mais problemas."

"Ainda não é hora de agradecimentos, e tome cuidado com as  temperaturas de meu país. Por falar nisso, você tem roupa apropriada para o nosso inverno ? "

"Eu trouxe do Brasil um bom casaco de lã e muitas camisas de algodão; que, quando usadas juntas, aquecem muito."

"Esqueça as roupas de algodão. Por aqui elas devem ser de lã natural ...  Hoje você vai ficar sob observação.  Voltarei amanhã, por volta das dez horas. Trarei roupas apropriadas para você ... "

Björn dirigiu-se à porta de saída do quarto deixando o brasileiro praticamente falando sozinho .

Foi quando Ildefonso lembrou que, quando saísse dali, ele teria que ir a pé para o hotel: faltava-lhe dinheiro para tudo. É claro que precisava fazer alguma coisa para ganhar dinheiro, por pouco que fosse. Mas o que faria num país tão diferente do Brasil ?

Só lhe restava uma possibilidade de conseguir um trabalho. E ela passava pela sua habilidade com a bola; ou melhor ... com a bolinha, com as laranjas; que poderia mostrar - com ajuda de Johan - diante do maior número de pessoas que Svensson pudesse reunir. Sim, tinha que atacar simultaneamente nas duas frentes: sobrevivência física e econômica nas condições suecas; e na colocação firme das pretensões brasileiras ( ainda que ali estas  "pretensões brasileiras" somassem tão somente as da sua pessoa )  ao Premio Nobel .




quarta-feira, 14 de maio de 2014

O premio - 12

"Não Silvia, não é assim. Acho que se esqueceu de como nos beijávamos em São Paulo. Em vez de soprar você tem que juntar seus lábios nos meus; e sugá-los. Veja, é como eu estou tentando fazer com os seus ... "

Ao mesmo tempo que isto acontecia, Brzil notou que alguém mexia em seus bolsos, como querendo roubar-lhe algo ... , pouco a pouco foi percebendo o que em verdade acontecia. Depois de apalpar os bolsos, a pessoa pegou algo que Brzil tinha neles  ...

E foi vendo que, quem fazia aquilo, quem soprava na sua boca não era Silvia, mas sim o Dr. Björn B; o mesmo que procurara em seus bolsos os smart translators e - com eles nas mãos - fazia com que as engenhocas gritassem agudamente em seus ouvidos:
"seu maluco, seu louco ... você quer morrer de frio ..."

Quanto aos pretensos beijos de Silvia, eles eram, na verdade, a respiração boca a boca aplicada por Björn B  para que Brzil recobrasse os sentidos.

Foi quando lembrou-se de Saint Exupery: "você é responsável por aquilo que cativa". Agora, salvo que fora pelo Dr Björn B, só restava-lhe a esperança de que o burocrata da Academia de Ciências passasse a ajudar-lhe na realização do seu sonho: um Nobel para o Brasil !   Ou, pelo menos, para que lhe desvendasse o mistério do vazio de prêmios para o Brasil . 
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